Apresentação

Gosto de capturar as entrelhinhas, que ainda estão progredindo, além do momento em que as faço — Alma Allen

Abrangendo uma extensa gama de materiais, incluindo bronze, madeira de parota, vários tipos de mármore, obsidianas e estalagmites, o trabalho de Allen possui, além de uma estética original, uma energia singular e única. Desde finas e sinuosas formas em bronze até magmáticas e lisas ondas de mármore, as peças biomórficas de Allen parecem emergir sem esforço do material escolhido pelo artista.

A trajetória artística de Allen parte de suas origens humildes, quando vendia miniaturas talhadas à mão nas ruas do Soho, em Nova York, e avança até o momento decisivo de reconhecimento artístico com sua aclamada apresentação na Whitney Biennial de 2014.

Em grande medida um artista autodidata, o trabalho de Allen exala uma espontaneidade e uma energia que parecem ter pouca conexão com os movimentos da sua época. De fato, os seus trabalhos têm mais em comum –­ em termos formais, talvez também espirituais – com as vastas expansões de território e as formações monolíticas naturais que pontuaram a sua vida até agora: a paisagem de Utah, onde o artista cresceu; Joshua Tree, na Califórnia, onde viveu por vários anos; e Tepoztlán, no México, onde fica o seu ateliê atual, há cerca de 80 quilômetros da Cidade do México. Pedras, galhos e entidades biomórficas não especificadas, que sugerem uma espécie de energia pré-histórica, dominam as suas exposições, com seus tamanhos e suas massas subvertidos pela aparente leveza e presença descomplicada.

Alma Allen (n. 1970, Heber City, EUA), vive em Tepoztlán.

Suas exposições individuais mais recentes foram realizadas pela Kasmin Gallery, Nova York (2024); Mendes Wood DM, São Paulo (2023); Blum & Poe, Los Angeles (2023); Museo Anahuacalli, Cidade do México (2023); Museum Dhondt-Dhaenens, Sint-Martens-Latem (2023); Mendes Wood DM e Van Buuren Museum & Gardens, Bruxelas (2021); Kasmin Gallery, Nova York (2020); Blum & Poe, Los Angeles (2019); Shane Campbell Gallery, Chicago (2016); Heath Ceramics, Los Angeles (2009); e Play Mountain, Tóquio (2009).

Além disso, seu trabalho foi incluído em exposições coletivas na TheMerode, Bruxelas (2023); Lustwarande, Tilburg (2022); Mendes Wood DM na d'Ouwe Kerke, Retranchement (2021); Mendes Wood DM na Gerald Luss House, Ossining (2021); MASA, Cidade do México (2019); Palm Springs Art Museum, Palm Springs (2018); Aldrich Contemporary Art Museum, Ridgefield (2018); e Whitney Museum of American Art, Nova York (2014).

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