Apresentação

 Eu me baseio na relação entre objetos mundanos e objetos totalmente institucionalizados. Estou interessado em tornar tudo isso desnivelado, sem uma hierarquia presente.

 – Paulo Nimer Pjota 

O ponto de partida das obras de Paulo Nimer Pjota é a natureza dos fenômenos de origem coletiva. Ao explorar iconografias de autoria compartilhada, tanto popular quanto histórica, o artista fundamenta sua prática na cultura urbana que marcou seu despertar e formação cultural para interpretar e expressar novas maneiras de pensar por meio de sobreposições de formas. Assim como o hip-hop e outras manifestações urbanas análogas remixam formas conhecidas por meio de samplings, Pjota constrói pontes entre temporalidades, agrupando, por exemplo, elementos contraculturais arquetípicos com estéticas de sociedades greco-romanas e pré-coloniais. Representações de plantas, palavras isoladas, personagens de desenhos animados, tatuagens, rabiscos errantes, elementos de naturezas-mortas holandesas e flamengas do século XVII e artefatos da arte pré-colombiana e helênica flutuam em constelações de formas suspensas. Suas composições oníricas evocam atmosferas mitológicas e paisagens ritualísticas, unidas por um entrelaçamento cíclico de diálogos plurais e arrebatadores. A prática quase insone do artista busca desenterrar aquilo que – na outra ponta do fluxo da produção artística – permanece gravado na memória, ainda que nas margens da história oficial.

Ao justapor objetos cotidianos com referências do passado, Pjota critica a ineficácia dos sistemas hierárquicos de conhecimento que separam a erudição da cultura popular. Suas composições revelam uma produção de imagens e símbolos criados, remixados e circulados, muitas vezes expondo desigualdades sociais nesse processo. Como observa o curador Mateus Nunes, “Remixar a história é rebelar-se contra o sistema cultural hegemônico e violento, defendendo uma contaminação inevitável do tempo, da história e da imagem pelo confronto entre símbolos, espiritualidades e expressões culturais.”

Paulo Nimer Pjota (n. 1988, São José do Rio Preto, Brasil) vive e trabalha em São Paulo.

As exposições individuais mais recentes do artista incluem: Na Boca do SolMendes Wood DM, Nova York (2024); Docômico e do trágicoMendes Wood DM, São Paulo (2023); Every Empire Breaks Like a VaseThe Power Station,Dallas (2021) Cenas de Casa, Caixa de PandoraIvani and Jorge Yunes Collection, São Paulo (2019); Medley,Mendes Wood DM, São Paulo (2018); The history in repeat mode – imageMendes Wood DM, Bruxelas (2017); The history in repeat mode – symbolMaureen Paley and Morena di Luna, Hove (2017). 

Além disso, seu trabalho foi apresentado nas seguintes exposições coletivas institucionais: Private Passion – New Acquisitions in the Astrup Fearnley CollectionAstrup Fearnley Museet, Oslo (2019); Trouble in ParadiseKunsthal Rotterdam, Rotterdam (2019); Sea of DesireFondation Carmignac, Porquerolles (2018); Going it is own wayKRC Collection, Voorschoten (2018); The Marvelous [AF2] Cacophony57th October Salon, Belgrado (2018); O Triângulo Atlântico11Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2018); Painting |or| NotThe KaviarFactory, Lofoten (2017); SoftPowerKunsthal KAdE, Amersfoort (2016);  19o Sesc_Videobrasil, São Paulo (2015); Here ThereQatar Museums – Al Riwaq, Doha (2015); Imagine BrazilAstrup Fearnley Museet, Oslo (2013); DHC/ART Foundation for Contemporary Art, Montreal (2015); 12th Lyon Biennale, Lyon (2013).

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  • In the studio: Paulo Nimer Pjota

    Jul 5, 2023
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