Conservatory Maaike Schoorel

Apresentação

Mendes Wood DM tem o prazer de anunciar a primeira exposição individual de Maaike Schoorel em colaboração com a curadora Carolyn H. Drake, em São Paulo. Conservatório reúne um conjunto de obra completamente novo dedicado a heroínas e figuras míticas. Através de complexa reformulação de material original, Schoorel transforma ícones reconhecíveis em heroínas contemporâneas.

Conservatory se traduz como uma estufa usada especialmente para cutivar flores delicadas, raras e exóticas e plantas para fins decorativos. Também pode ser traduzido como uma escola que oferece formação em artes plásticas ou arte dramática e especialmente em música. Estas duas definições combinadas reunem alguns dos temas e provocações sugeridas ao longo desta exposição. As pinturas aparentemente monocromáticas de Schoorel convidam o espectador a desacelerar o processo de olhar para as pinturas e seus assuntos inerentes. Proporcionando um espaço intensificado de percepção, as telas têm uma riqueza de informação visual que só pode ser decifrada com tempo e reflexão. 

As pinturas são acabadas em tons de gesso branco tingido: amarelo, rosa, cinza e preto. A infinidade de cores e texturas percebidas pelo espectador nas telas de Schoorel pode ser comparada a tonalidades e sons distintos que percebemos ao escutar uma peça musical. Elementos são detectados em diferentes momentos no tempo, criando uma experiência sempre mutável e em constante movimento da obra dentro do espaço. Conservatório se torna um espaço onde a relação entre passado e presente, material natural é construído, e experiência intelectual e física se turvam e podem ser reconsideradas. 

O espaço adjacente à galeria está rodeado por um jardim botânico exterior que se incorpora ao espaço interior. A conversa entre o tema das pinturas de Schoorel e a natureza novamente destaca a transformação do artista do sujeito histórico dentro de seu ambiente contemporâneo. Eve mostra a própria artista posando como a figura bíblica icônica em um jardim que ecoa o contexto da exposição, mas também que provem das definições ambíguas do título da exposição. O projeto também marca uma mudança na prática de Schoorel no que diz respeito ao estilo autêntico da artista, como ela vê esta obra mais como colaboração entre ela e suas assistentes, companheiras artistas femininas, curadores e colegas. As idéias em torno das relações entre os papéis masculinos e femininos são questionadas pelas obras que, talvez, proponham uma nova maneira de olhar para essas relações. 


– Carolyn H. Drake

Obras
Vistas da exposição