Apresentação

Os materiais existem em conexão com os pensamentos e as intuições. Eles nos chamam e nos escolhem; eles atraem nossa percepção e curiosidade, e exigem pesquisa e observações inteligentes sobre sua natureza intransferível e seus mistérios

– Sonia Gomes

A obra de Sonia Gomes se tece na duração do tempo. A artista elege materiais que trazem suas próprias cores, texturas, caimentos e um conjunto indefinível de memórias. Cada tecido, roupa e adereço que ela utiliza percorreu uma trajetória própria, sendo vestido, guardado e trocado antes de passar uma transformação em seu ateliê.

Por meio da combinação de ações como amassar, torcer, esticar, tensionar, suspender e embrulhar, Gomes faz da costura uma espécie de desenho. Seus gestos produzem traços e, ao mesmo tempo, fixam estágios do manuseio dos tecidos, vinculando, equilibrando e associando peças em um corpo que, como em crescimento, gradualmente toma forma, estabelecendo relações com o espaço circundante.

Nascida em Caetanópolis, no interior de Minas Gerais, em 1948, a relação de Sonia Gomes com a arte resultou de uma necessidade permanente, que a levava a produzir uma ampla gama de criações têxteis sem que tivesse acesso a um canal de circulação. A inserção de sua obra no campo da arte contemporânea resulta da ambição de recriar o mundo a seu redor por meio de gestos de cuidado, começando pela intimidade do corpo, da roupa e da casa.

Sonia Gomes (n. 1948, Caetanópolis, Brasil) vive e trabalha em São Paulo.

Suas exposições individuais mais recentes incluem  ...vivem no compasso do sol, Mendes Wood DM, Paris (2024); Sonia Gomes: sinfonia das cores, Octógono da Pinacoteca de São Paulo, São Paulo (2023); O mais profundo é a pele (Skin is the deepest part)Pace Gallery, Nova York (2022); LágrimaMendes Wood DM, São Paulo (2021); When the sun rises in blue, Blum & Poe, Los Angeles (2021); I Rise – I'm a Black Ocean, leaping and WideMuseum Frieder Burda, Baden-Baden (2019); Sonia GomesMendes Wood DM, Bruxelas (2019); Sonia Gomes & Marga LedoraMendes Wood DM, São Paulo (2018); Ainda me levantoMuseu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), e Casa de Vidro, São Paulo (2018); A vida renasce, sempreMuseu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Niterói (2018); Linhas em tramasMendes Wood DM, São Paulo (2016); Nascer Uma Vez Após a OutraMendes Wood DM, São Paulo (2014); Stitch In TimeMendes Wood DM, São Paulo (2012).

Exposições coletivas incluem: With My Eyes, The Holy See Pavilion, 60th International Art Exhibition – La Biennale di Venezia, Veneza (2024); Resilient Currents: On Communal Re-Existence, Thanks for Nothing, Paris (2024); Dos Brasis: arte e pensamento negro, SESC Quitandinha, Petrópolis (2024) e  SESC Belenzinho, São Paulo (2023);  Spin a Yarn, ANOTHER SPACE, Nova York (2024); Coreografias do impossível, 35th Bienal de São Paulo, São Paulo (2023); HARD/SOFT  Textiles and Ceramics in Contemporary Art, Museum für angewandte Kunst (MAK), Viena (2023); Making Their Mark, Shah Garg Foundation, Nova York (2023); Mãos: 35 anos da Mão Afro-Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo (2023); Brasil Futuro: as formas da democracia, Museu Nacional, Brasília; Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Belém; Museu Solar Ferrão, Salvador (2023); Sensory Poetics: Collecting Abstraction, Solomon R. Guggenheim Museum,Nova York (2022); Front 2022: Oh, Gods of Dust and Rainbows, Cleveland Triennial for Contemporary Art, Cleveland (2022); Por muito tempo acreditei ter sonhado que era livre, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2022); Brazil Courage Before ExpectationFlag Art Foundation, Nova York (2022); ContramemóriaTheatro Municipal de São Paulo, São Paulo (2022); Bispo do Rosário – Eu Vim: Aparição, Impregnação e Impacto, Itaú Cultural, São Paulo (2022); Imagens que não se comportamMuseu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro (2021); Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileirosInstituto Moreira Salles (IMS), São Paulo (2021); Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro (2021); Enciclopédia NegraPinacoteca de São Paulo, São Paulo e Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro (2021); Minds Rising, Spirits Tuning13th Gwangju Biennale, Gwangju (2021); The Stomach and the Port, 11th Liverpool Biennale, Liverpool (2021); Histórias Afro-AtlânticasMuseu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), São Paulo (2018); O Triângulo Atlântico11th Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2018); All the World’s Futures, 56th Venice Biennale, Veneza (2015); Mão Afro-Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo (1988).

O trabalho de Gomes é parte de coleções proeminentes como as de Centre Pompidou, Paris; MoMA, Nova York; National Gallery of Art, Washington, D.C.; Museu Afro Brasil, São Paulo; Museu de Arte de São Paulo, São Paulo; Pinacoteca de São Paulo,São Paulo; Solomon R. Guggenheim Museum, NewYork; Tate Modern, London.

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