Mariana Castillo Deball

Por que alguns objetos mantidos em coleções etnográficas e antropológicas não são considerados arte? E o que acontece se repensarmos quantos desses objetos influenciaram a história da arte atual? E o que acontece também se olharmos para o outro lado, se lermos a arte contemporânea como arqueologia do futuro? O que sobreviverá e como essa informação sobreviverá? – Mariana Castillo Deball

Mariana Castillo Deball tem uma abordagem caleidoscópica de sua prática, mediando entre ciência, arqueologia e artes visuais e explorando a maneira como essas campos descrevem o mundo. Suas instalações, performances, esculturas e projetos editoriais surgem da recombinação de diferentes linguagens que buscam compreender o papel que os objetos desempenham em nossa identidade e história. Seus trabalhos resultam de um longo processo de pesquisa, permitindo-lhe estudar as diferentes maneiras pelas quais um objeto histórico pode ser lido, pois apresenta uma versão da realidade que informa e se mescla em um panorama polifônico.

Buscando iniciar um diálogo com instituições e museus além da arte contemporânea, ela colabora com coleções etnográficas, bibliotecas e arquivos históricos. Ela frequentemente produz múltiplos - livros ou objetos com diferentes usos e formatos - para explorar como eles podem gerar novos territórios. Abrindo caminho pelos campos da antropologia, filosofia e literatura, Castillo Deball inspira-se em uma ampla gama de recursos, pois se envolve na troca de conhecimento como um processo de transformação para todos os envolvidos.

Mariana Castillo Deball (n. 1975, Cidade do México, México) vive e trabalha em Berlim.

Ela teve exposições individuais institucionais no Pivô, São Paulo (2023); MUDEC, Milão (2023); Bloomberg Space, Londres (2022); Vlesshal Middelburg (2022); Museum für Gegenwartskunst Siegen, Siegen (2021); MUAC-UNAM, Cidade do México (2021); Artium Museum, Vitoria-Gasteiz (2021); Modern Art Oxford, Oxford (2020); ACE Open, Adelaide (2020); Monash University Museum of Art, Caulfield (2019); Witte de With Center for Contemporary Art, Roterdã (2019); New Museum, Nova York (2019); SCAD Museum of Art, Savannah (2018); Museo Amparo, Puebla (2018); San Francisco Art Institute, São Francisco (2016); Musée Régional D'Art Contemporain Languedoc-Roussillon, Sérignan (2015); Museo de Arte Contemporáneo de Oaxaca (MACO), Oaxaca (2015); Hamburger Bahnhof, Berlim (2014); Kunsthalle Lissabon, Lisboa (2014); Chisenhale Gallery, Londres (2013); Museum Haus Konstruktiv, Zurique (2012); Museo Experimental el Eco, Cidade do México (2011); Museum of Latin American Art, Long Beach (2010); Kunst Halle Sankt Gallen, St. Gallen (2009); Museo de Arte Carrillo Gil, Cidade do México (2006); Stedelijk Museum Amsterdam (2004); Marres House for Contemporary Culture, Maastricht (2004); Sala de Arte Público Siqueiros, Cidade do México (2002), entre outros.

Seu trabalho foi apresentado em exposições coletivas recentes em instituições como Triennale Bruges, Bruges (2024); 24th Biennale of Sidney, Sidney (2024); Architectural Association in London, Londres (2023); MUMOK, Viena (2022); Haus der Kulturen der Welt, Berlim (2022); Musée du Quai Branly - Jacques Chirac, Paris (2020); Kunsthaus Dresden, Dresden (2020); Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona (MACBA), Barcelona (2019); Whitechapel Gallery, Londres (2019); Zentrum für Kunst und Medien (ZKM), Karlsruhe (2019); Hamburger Bahnhof, Berlim (2019 & 2018); Museo Jumex, Cidade do México (2018, 2016 e 2015); Staatliche Kunsthalle Baden-Baden, Baden-Baden (2018); KADIST Foundation, Paris (2017); The High Line, Nova York (2015); Guggenheim Museum, Nova York (2015 & 2014); Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madri (2014).