Patricia Leite
óleo sobre gamela
12 5/8 x 23 5/8 x 3 1/8 in
Vibrando entre a abstração e a figuração, sua obra lida com o encaminhamento de um estado sólido para um momento inconstante. Se por um lado o uso de grandes blocos de cor sobre a rígida absorção da madeira nos coloca diante de planos imponentes, tudo o que está ali não se permite definir integralmente e nem muito menos em definitivo. O que há é uma abertura de luz que delineia todas as coisas ao passo que também deixa espaço para que possamos testemunhar suas constantes transformações. Surgem então os pontos de contato — sempre inexatos —entre o etéreo e a matéria.
Das cores marcantes — o verde abacate; os sólidos tons de azul, etc. — à frugalidade gráfica, a artista elege fundamentos para retratar o mundo em outros graus de intensidade. Por trás de cada escolha existe a vontade de se aproximar de atmosferas singulares e de tatear as sensações que podem surgir a partir de certas experiências visuais, como estar debaixo do sol de Minas Gerais, assistir um desfile de escola de samba ou contemplar o cair da noite em algum litoral.
Suas obras participaram de mostras coletivas institucionais como Mínimo, múltiplo, comum, Estação Pinacoteca, São Paulo (2018); Aprendendo Com Dorival Caymmi - Civilização Praieira, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2016); The Circus as a Parallel Universe, Kunsthalle Wien, Viena (2013); Procedente, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2008).