Ixiptla Volume III

Mariana Castillo Deball, 2015
Brochura

Editado por Bom Dia Books.

19,5 × 27,5 cm
180 páginas.
ISBN: 978-3-943514-35-3

Ixiptla III, explora a herança arqueológica e como esta é expressada, contaminada ou dissolvida no presente. Moosje M. Goosen conta a história de um arqueólogo alemão e de sua coleção de dinossauros falsos de argila. Anne Huffschmid faz um panorama sobre a história da antropologia forense e seu importante papel no México na atualidade no estudo das numerosas valas-comuns e do caso dos 43 estudantes desaparecidos de Ayotzinapa; Pablo Katchadjian pergunta: o que fazer?; Paula Lopes Caballero conta a história de Luz Jimenez e de seu papel como tradutora, modelo e intérprete na compreensão de diferentes noções de indigenismo; Federico Navarrete Linares estabelece um diálogo entre o conceito de cronótopo histórico de Bajtin e da relação mesoamericana com o tempo e o espaço; Sandra Rozental compara os diferentes usos, categorizações e expressões do espólio arqueológico em Coatlinchan e no Museu Etnográfico de Berlim; Carlos Sandoval cria um anti-Lego, embaralhando as peças da coleção de fragmentos arqueológicos de sua família; Adam T. Sellen faz a anatomia de uma falsificação; Anna M. Szaflarski ata nós com diferentes significados construindo um corpo impossível; e Laura Valencia Lozada escreve uma carta para a família daqueles que desapareceram no México, como o começo de uma conversa mais longa.

O volume III de Ixiptla está disponível apenas em espanhol, publicado no contexto da exposição Quem medirá o espaço, quem me dirá as horas?, no Museu de Arte Contemporânea de Oaxaca, no México.

Quem medirá o espaço, quem me dirá as horas? situa-se na tênue linha que separa nossa relação com os objetos, com as histórias que nós criamos sobre eles. Um repertório de objetos, alguns arqueológicos, outros mecânicos, recreativos ou sintéticos, foram selecionados no presente, juntamente com Innovando la tradición e com o workshop de cerâmica Coatlicue, de Atzompa, Oaxaca. A seleção foi a base para imaginar uma série de histórias que agora firmam-se como colunas no espaço expositivo.

O conceito Nahuae ixiptla foi traduzido como imagem, representação, substituto, ou representante. Ixiptla poderia ser uma escultura uma visão ou a vítima que torna-se deus para o sacrifício humano. As várias ixiptla do mesmo deus poderiam ocorrer simultaneamente. Ixiptla vem da partícula xip: pele, cobertura, concha; é o recipiente, a presença reconhecível, a atualização de uma força embutida em um objeto: um estar ali, que remove a distinção entre essência e matéria, original e cópia