Roots in the Sky é o primeiro projeto curatorial institucional do artista britânico-nigeriano Tunji Adeniyi-Jones. Esta exposição fundamental reúne obras novas e recentes de dez artistas contemporâneos cujas práticas abrangem os Estados Unidos, a Europa e a África Ocidental.
Tomando como ponto de partida a própria prática de Adeniyi-Jones — rica em herança, fábulas e simbolismo cerimonial da África Ocidental —, a exposição explora o pluralismo cultural e as identidades complexas que definem a diáspora negra. Pintura, escultura e desenho são empregados em igual medida, com a figuração e a abstração funcionando como linguagens visuais compartilhadas para explorar temas como mitologia, comunidade, linhagem e transformação.
As obras em exposição são inspiradas tanto pela narrativa pessoal quanto pela memória coletiva. Como escreve a romancista Bernardine Evaristo: “Somos compostos por múltiplas identidades... descendentes, na Grã-Bretanha, de cinquenta e quatro países africanos e mais de trinta países caribenhos... Acredito no pluralismo em oposição ao essencialismo, sempre e em todos os sentidos”. Esse ethos sustenta Roots in the Sky, convidando artistas a refletir sobre viagens, hibridismo e a experiência diaspórica como fonte de expressão criativa e lógica cultural.
A interconectividade ilimitada — às vezes latente, às vezes afirmada com ousadia — permeia a exposição. Os artistas apresentados abordam questões de pertencimento e identidade, resistindo a narrativas redutoras em favor de nuances, contradições e multiplicidade. Suas práticas são ainda mais ancoradas por influências literárias de James Baldwin, Chinua Achebe e Teju Cole — escritores que, como os artistas, traçam e reimaginam caminhos diaspóricos por meio de atos de reflexão cultural e resistência criativa.
