A AMAZONIA Soundwalk Collective & Patti Smith

Apresentação

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A Mendes Wood DM tem o prazer de apresentar A AMAZONIA, exposição que é resultado de uma parceria de mais de uma década entre o Soundwalk Collective e a Patti Smith. Pela primeira vez no Brasil, a mostra traz um recorte do projeto Correspondences, que, por meio de videoinstalações e desenhos feitos de pigmentos naturais, propõe uma reflexão sobre a floresta amazônica. A AMAZONIA será exibida na Casa Iramaia, um espaço curatorial off-site localizado em uma casa modernista no bairro Jardins em São Paulo. 

Correspondences é um diálogo artístico contínuo entre o Soundwalk Collective e Patti Smith, que existe há mais de uma década. O projeto se fundamenta em gravações sonoras feitas pelo fundador do Soundwalk Collective Stephan Crasneanscki em algumas das regiões mais remotas do mundo, incluindo a Amazônia – região visitada por ele em diversas ocasiões nos últimos 15 anos. Essas paisagens sonoras são, então, interpretadas por Smith, que oferece sua visão poética para explorar a relação entre natureza, história e criação artística. O diálogo entre os artistas, mediado por correspondências, busca refletir sobre a vida e o impacto do ser humano sobre o meio ambiente. 

Esta parceria resultou no filme impactante Burning 1946-2024. O trabalho, com cerca de 17 minutos, utiliza imagens de arquivo de incêndios na Amazônia, contextualizado ao lado de outras florestas, acompanhado da narração de Patti Smith da perda de hectares de floresta desde o ano de seu nascimento (1946) até o presente. A produção começa de forma contida, em uma espécie de lista da devastação, e gradualmente ganha em intensidade, refletindo a magnitude da tragédia.  

Os espíritos da floresta são homenageados na produção Rima, uma viagem cinematográfica pelo rio Amazonas captada em imagens lentas por Crasneanscki. O filme passou por uma pós-produção minuciosa, com tratamento especial do negativo, a fim de escapar da escuridão noturna e revelar a essência espiritual da floresta. A produção inédita é acompanhada por um poema cantado por Patti Smith, cuja vocalidade amável dedica-se a essa celebração da natureza e do mistério. 

A exposição também apresenta desenhos inéditos de Stephan Crasneanscki. Os trabalhos, feitos com pigmentos naturais da floresta amazônica, dialogam entre si, formando uma espécie de rio vermelho e seus afluentes, composto em formato de instalação. 

O Soundwalk Collective e a Patti Smith estão em São Paulo em ocasião da apresentação no Teatro Cultura Artística.

Agradecimentos especiais à curadora Fiona Scarry, cujo apoio significativo tornou possível este projeto em colaboração com a Mendes Wood DM.