É uma menção a esse pássaro (Tiziu), que é muito comum na região Centro-Oeste do Brasil, e geralmente são vistos em dupla, e essa dupla estabelece um tipo de comunicação onde um canta, pula e voa, e o outro fica assentado. E quando o outro assenta, o outro pula. Então fica nessa espécie de zigzag entre um e outro, papo de passarinho.

E dentro desse universo fabular, esses passarinhos também podem ser esses Ibejis, que na tradição do Candomblé são esses dois irmãos, esses gêmeos, geralmente um garoto e uma garota, de certa maneira contando uma história também, que pode ser uma história como está evidenciado pelo arame farpado, uma história que tem diversos aspectos de ferida mesmo, aspectos sombrios, mas que ao mesmo tempo esse arame farpado está interrompido. Então ele não obedece, ele é rompido pela presença desses dois Ibejis que estão contando essa história, como esses Tizius, passarinhos que tem todo esse aspecto também de liberdade, de leveza, de voo. Ainda que assentando sobre essa história.