Apresentação

Eu crio heróis em uma escala supra-humana porque eles são heróis e deuses poderosos. As pessoas que viveram para os deuses morreram com eles. Tenho respeito pelos heróis e deuses e no meu trabalho, e procuro refletir e dar vida a velhos heróis que se transformam em novas formas. O fato de muitas vezes serem apenas recortes ou corpos apertados ao redor do perímetro do quadro reforça minha crença de que isso lhes dá mais emoções e profundidade, imortalidade e fragilidade, ou mesmo grosseria e suavidade. – Vojtěch Kovařík

Para o artista tcheco, Vojtěch Kovařík, a iconografia e a mitologia são fundamentais em seu trabalho. Suas composições de grande formato, contundentes e de cores vivas resultam em pinturas impactantes que evocam a força da escultura. Suas figuras hercúleas são contorcidas, aparentemente derrotadas pela moldura da tela, ostentando sua carne azul, verde e amarela entre fundos vegetais.

Kovařík foi formado em cerâmica e escultura, e começou a pintar mais tarde como autodidata. Essa formação autodidata o levou a misturar óleo, acrílico e tinta spray, sugerindo relevo em uma superfície plana.

Figuras da mitologia grega, bem como referências da cultura pop, aparecem nas pinturas de Kovařík, abraçando totalmente a figuração. Seu interesse pela mitologia grega vem de sua importância no inconsciente coletivo cultural europeu, mas subverte seu significado ao reconstruir seus personagens mais proeminentes. As Hespérides (Ninfas da Noite) tornam-se homens rotundos. Ártemis, longe de seu arquétipo frágil de arqueira, se transforma em uma imponente figura da morte. E, por outro lado, muitos personagens estereotipados hiper masculinos exibem posturas que evocam fragilidade e introspecção. Seus rostos são muitas vezes borrados (Hakuho, David, Knock-out) ou apresentados como máscaras (Hermes, Iron Mike, Gladiator), mostrando sua dificuldade em reivindicar uma identidade firme. Golias é retratado em rosa enquanto Prometeu faz uma pose sensual.

O tom de Kovařík oscila ambiguamente entre violência e tolice. Seus gigantes, ostentando flagrantemente sua masculinidade, tornam-se caricaturas, ridículos objetos de curiosidade. Seu exagero proposital da anatomia humana cria uma sensação de honestidade e ingenuidade, questionando a noção tradicional de força física e poder.

Vojtěch Kovařík (n. 1993, Valašské Meziříčí, República Tcheca) vive e trabalha em Brno.

Exposições individuais recentes incluem Dusk of the Gods, Mendes Wood DM, Nova York (2022); Destinies of Stone Faces, Galerie Derouillon, Paris (2022); In the Thickets of Unexplored Places, Mendes Wood DM, São Paulo (2021); Vojtech Kovarík, Mendes Wood DM at Villa Era, Vigliano Biellese (2020); Hidden Garden, Galerie Derouillon, Paris (2020).

Exposições coletivas recentes incluem Ars22: Living Encounters, Kiasma, Helsinque (2022); Baltic Triennial 14: The Endless Frontier, Contemporary Art Centre, Vilnius (2021).

O trabalho do artista se encontra presente em museus e coleções públicas no mundo todo, incluindo na National Gallery of Victoria (Austrália); no ICA Miami (EUA); na Blenheim Art Foundation (Reino Unido); no Zuzeum Museum (Letônia); na Fondazione Sandretto Re Rebaudengo (Itália); na The Ekard Collection (Holanda); na Lafayette Collection (França); na Jumex Collection (México); na K11 Art Foundation (China); na KADIST Foundation (França). Ele é vencedor do 12o Prêmio de Crítica de Arte de Pintura Jovem, da Galerie Kritiků, em Praga.

 

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  • Inside the studio: Vojtěch Kovařík

    Jul 12, 2023
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