Minha relação com esse processo de investigação é muito intensa porque há apenas um indício como ponto de partida. Preciso estar imersa nos assuntos de meu interesse para encontrar um mapa que me leve à síntese formal. Nos trabalhos, a isso se soma a reinterpretação da técnica. O meio também é investigado e irá apresentar, posteriormente, as ferramentas estéticas que serão usadas para a construção da imagem.
– Leticia Ramos
Leticia Ramos explora os limites da produção e da exegese da imagem analógica por meio de trabalhos de fotografia e filme — que também se desdobram em instalações, objetos, publicações e performance. Sua prática se direciona para as interseções estéticas entre o documental e o ficcional, se exercitando entre paisagens naturais e imaginárias, entre os discursos de registros históricos e os das figuras inventadas; e explorando a relação entre memória gráfica e a natureza do abstrato e do espectral.
Ao tomar como ponto de partida rigorosos processos técnicos e formais a artista emula aspectos de expedições científicas, mas tão somente para nos conduzir por objetos e temas ambíguos e atemporais. Nesse sentido, constrói inventivos aparatos fotográficos — como câmeras, maquetes e cenários — para pensar o uso desses suportes como elementos de especulação, representação e confecção de terrenos geográficos e poéticos.
Leticia Ramos (n. 1976, Santo Antônio da Patrulha) vive e trabalha em São Paulo.
Exposições individuais e em dupla incluem Galáxias, Mendes Wood DM, Bruxelas (2024); Campo Magnético, School of Arts, Portuguese Catholic University (PUC), Porto (2024); Ruído, Mendes Wood DM, São Paulo (2022); NULL ISLAND, Jeu de Paume, Paris (2020); Resilience and Reverberation, Mendes Wood DM, Nova York (2019); História Universal dos Terremotos, Pivô, São Paulo (2018); História Universal dos Terremotos, Fundación Botín, Santander (2017); Planisphere, Mendes Wood DM, São Paulo (2017).
Adicionalmente, ela participou de exposições coletivas como as Linhas Tortas, Mendes Wood DM, São Paulo (2023); Between our knots: Ten years of ZUM, Pivô, São Paulo (2023); Enormousballs, Mendes Wood DM, Bruxelas (2020); O Triângulo Atlântico, 11th Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2018); Biennale Jogja XII, Jogja (2017); corpoacorpo, Instituto Moreira Salles, São Paulo (2017); Hercule Florence: Le nouveau Robinson, Nouveau Musée National Monaco, Villa Paloma (2017); 18th Festival de Arte Contemporânea SESC Videobrasil – Panoramas do Sul, SESC Pompéia, São Paulo (2013); Expo Projeção 1973-2013, SESC Pinheiros, São Paulo (2013); Se o clima for favorável/Weather permitting... 9th Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2013); Programa de Fotografia, Centro Cultural São Paulo, São Paulo (2012); Trilhas do Desejo, Rumos Artes Visuais, Itaú Cultural, São Paulo (2009).
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