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25/05 – 29/07 2017


Mendes Wood DM tem o prazer de apresentar O Corte Telomérico, o primeiro projeto de Felipe Meres em São Paulo. Trabalhando através de diversas mídias, as obras de Meres tecem entrelaçamentos entre o desejo científico e as matérias indeterminadas que incessantemente escapam de seu alcance. A exposição é composta por trabalhos inéditos, incluindo uma série de imagens microscópicas que são desdobradas na forma de impressões de pigmento e esculturas. Concebida em torno do conceito de regeneração, a exposição traz à luz conexões parciais entre seres imortais, formas de sexualidade não-reprodutiva e processos de cura. 

O ponto de partida da exposição é a serie de micrografias eletrônicas em que Meres captura o processo de cortar e regenerar planárias hermafroditas. Resultado de um experimento de um ano que demandou cuidado e observação diária dos padrões regenerativos sexuais e assexuais de planárias, essas imagens abstraem e ampliam estes animais imortais em paisagens eletrônicas elusivas. Meres trabalhou com engenheiros eletrônicos na Columbia University para produzir as imagens através de um processo microscópico que utiliza elétrons, ao invés de fótons, como fonte de informação, respondendo assim à fobia que planárias sentem à luz. 

As micrografias resultantes são processadas através de um software de modelagem 3D e materializadas em impressões de pigmento em substratos metálicos e de seda. Emolduradas em caixas de aço polidas, as impressões metálicas evocam a autoridade do display científico enquanto as impressões em seda são montadas em estruturas biomórficas de aço que aludem a equipamentos de role-playing. Partindo de descobertas recentes sobre a relação direta entre a imortalidade das planárias e o comportamento dos telômeros (tampas nas extremidades dos cromossomos que impedem o desgaste do material genético e previnem as moléculas de DNA de se fundirem umas as outras), os experimentos de corte de Meres elaboram um panorama dissonante das esperanças e medos que a busca pelo controle da regeneração evoca. 

Felipe Meres nasceu em 1988 em Petrópolis, RJ e vive em Nova York. Exposições individuais incluem Fsision na Company Gallery, NY (2016) e Sujeito aos Atos de Escape na Galeria Ibeu, Rio de Janeiro (2013). Seu trabalho foi exposto em diversas instituições Cisneros Fontanals Art Foundation, FL (2016); Shulamit Nazarian, LA (2016) and Lisa Cooley, NY (2016). Fez residência artística no ArtCenter/South Florida, FL (2016); SÍM, Reyjkavík, Islândia (2012) e participou da Escola de Verão, Capacete, Rio de Janeiro (2012). Possui mestrado em Artes Plásticas pela Milton Avery School of the Arts at Bard College, NY e cursa doutorado em Antropologia na New School, NY. Ele foi um dos vencedores do 2016 Cisneros-Fontanals Art Foundation Grants & Commissions Award e do 10o Tom of Finland Emerging Artist Grand Prize. 

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