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Sea Marks

23/07 2011 – 17/08 2011


O trabalho de Peter Matthews se fundamenta na interpretação e representação da realidade de forma direta e de experiência. Aqui, a realidade não é aumentada ou virtual, mas aquela queexiste lá fora, sobre e dentro do oceano. Matthews trabalha em solidão enquanto imerso por horasa fio no oceano. Ele não carrega nenhum GPS ou qualquer outro dispositivo de rastreamento eletrônico. Seu trabalho tem um percurso monumental na vastidão do nada que compõem o seutema: o oceano. Com a eliminação de distância da área intertidal da praia, Peter passa a seaventurar longe e dentro do oceano, em direção ao horizonte. 

As obras em exposição na Mendes Wood foram criadas enquanto vagueava à deriva no Oceano Atlântico por várias horas. Deslizando em livre associação e indo tão longe quanto o horizonte, em linha rumo a um espaço ou lugar, e algo vai puxando o seu espírito e imaginação selvagemente. O trabalho de Matthews persiste na relação entre objeto (desenho) e o temática (oceano). A simples prancheta feita de madeira usada para o desenho em que o papel éfixado por pregos é um salto conceitual frente ao novo trabalho. A prancheta de desenho éutilizada aberta no oceano para criar uma área de trabalho ampliada. O senso aguçado de mobilidade e escala pictórica são influenciados por tendências contemporâneas em aparelhos de telecomunicações móveis e telas de alta definição, que nos proporcionam uma grande resolução de imagem deslocada do projeto. A dispersão de massa enquanto sobre a água, é ao mesmo tempo força de resistência a Matthews, e contraponto à pressão repentina exercida sobre o desenho emergido no mar por várias horas.

As marcas e manchas, recortes, dobras e outras reações na superfície e material, são resultados de forças e ações das inúmeras ondas que deslizam sobre o desenho no papel, sendo absolutamente saturado na água e afetada por uma secagem ao sol. No centro de seu trabalho existe um limite ou uma linha, pode-se dizer, em que Matthews se dissolve completamente para depois ressurgir. Alguns podem se referir à experiência de ex-stasis, que é quando se tem umaexperiência fora do corpo, literalmente, sair de si. No oceano, o tempo não se move como ele se move em terra seca. Há um elemento de trabalho meditativo, quando Matthews se insere nooceano e deixa a terra seca para trás.

Peter Matthews (n. 1978, Inglaterra) é bacharel e mestre em Artes Plásticas pela Nottingham Trent University, Nottingham, Inglaterra. Mostras individuais recentes incluem Continuum na James Cohan Gallery, New York. Seus trabalhos foram exibidos no Selections Spring 2010: Sea Marks, exibição realizada no The Drawing Center, New York, assim como em espaços incluindo o Kunstraum Kreuzberg/Bethanien, Berlin, Germany; Kentler Gallery, New York, Santa Cruz Mountains Art Center, California; e Ráday Kepshaz Galeria, Budapest, Hungary. Matthews foi um dos poucos selecionados para o 2010 ING Discerning Eye, exposição de desenhos ocorrida no Mall Galleries, London, UK. Atualmente vive na Inglaterra e trabalha frequentemente nos oceanos Pacífico e Atlantico.

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