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27/11 2021 - 08/01 2022

A Mendes Wood DM tem o prazer de apresentar a primeira exposição do artista costa-riquenho Federico Herrero na galeria de Bruxelas.

Herrero é conhecido por sua linguagem visual vibrante e colorida e suas instalações imersivas que nublam a separação entre tela e ambiente empregando as intensas tonalidades presentes na paisagem urbana da América Central, cujos tons caleidoscópicos se veem presentes em tudo, das casas em San José, cidade onde nasceu, aos seus murais e meios-fios.

O artista ocupa o primeiro andar da galeria e estabelece um diálogo entre nove pinturas produzidas em tinta a óleo e acrílica e pinturas site-specific, feitas diretamente no espaço, proporcionando ao visitante uma experiência integral. “Trabalhar com esse tipo de escala permite que as minhas pinturas sejam mais físicas – elas entram no corpo a partir dos sentidos”, explica Herrero. De fato, esse aspecto sensorial do seu trabalho tem sua raiz na abstração do campo da cor, uma característica da pintura de meados do século XX, bem como na rica história do Formalismo na América Latina.

Talvez, o aspecto mais saliente da sua produção seja o fato de Herrero trabalhar quase sempre sem rascunhos ou planos mestres. No entanto, ele rejeita a categorização de sua prática como “espontânea” ou “improvisada”, palavras que, de certa forma, implicam uma falta de cuidado ou planejamento. Sua maneira de trabalhar seria melhor descrita como instintiva ao operar sob um nível de concentração que ele explica como um quase “falar através de sons”. Usando cor e forma como substitutos da linguagem, talvez de modo análogo a Etel Adnan, Herrero cria algo que pode ser interpretado como uma espécie de poesia visual, acentuada pela urgência física e psicológica de sua prática.

“O artista que me entregou as ferramentas para desenvolver o meu trabalho foi Roberto Matta,” diz Herrero. “É fascinante a forma como ele mapeia o espaço e se posiciona entre o mundo metafísico e o mundo físico. Além disso, ele nunca trabalhou a partir de rascunhos, ele simplesmente ficava parado em frente a uma tela preta ou a um espaço e esperava as imagens aparecerem. É exatamente assim que eu trabalho.”

Federico Herrero (nascido em 1978, em San José) vive e trabalha em San José, Costa Rica.

Herrero realizou diversas exposições internacionais, incluindo exposições individuais e coletivas em São Paulo, Brasil; San Francisco, EUA; Düsseldorf, Alemanha; Kanazawa, Japão; Tóquio, Japão; Cidade do México, México; Freiburg, Alemanha; e Londres, Reino Unido. Importantes projetos institucionais incluem: Tempo aberto, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, São Paulo (2019); Open Envelope, Witte de With, Rotterdam, Holanda (2018); e Alphabet, uma instalação site-specific no átrio do Museum of Contemporary Art Chicago, EUA (2018). Herrero recebeu o prêmio de melhor artista jovem na 49ª Bienal de Veneza (2001), e seu trabalho se encontra na coleção permanente de várias instituições, tais como: 21st Century Museum of Contemporary Art, Kanazawa, Japão; Hara Museum of Contemporary Art, Tóquio, Japão; Tate Modern, Londres, Reino Unido; MUDAM, Luxemburgo; MUSAC, Castilla y León, Espanha; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madri, Espanha; Philadelphia Museum of Art, Filadélfia, EUA; The Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, EUA; e MAM-SP, São Paulo, Brasil. Herrero também é fundador do Despacio, um espaço de arte contemporânea na sua cidade natal,  San José, que é um vetor importante no contínuo desenvolvimento da voz artística centro-americana.

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