Sobre

Paula Siebra é uma pintora brasileira, nascida em Fortaleza, Ceará, em 1998. A artista se concentra em imagens relacionadas ao cotidiano e à intimidade, usando a cultura nordestina como ponto de partida. Suas pinturas surgem da exploração de temas convencionais, tais como retratos, paisagens e naturezas mortas. Em sua pesquisa, esses motes adquirem um aspecto peculiar: uma certa simplificação dos contornos, suplementada por uma redução do contraste entre tons cromáticos, polarizando os conceitos de realidade e quimera – como se a artista devaneasse sobre a vida ordinária.

Além de manterem um elo direto com a tradição, suas pinturas se relacionam com a visualidade inerente a sua terra natal, o Ceará, e ao Nordeste como um todo. Em particular, sua produção se aproxima do folclore, dado que seus interesses englobam a forma sintética dos objetos de barro, das rendas e de outros trabalhos têxteis, tais como o crochê e o bordado e também a arquitetura geométrica e colorida das casas tradicionais. Vilas locais, objetos domésticos e rostos anônimos são elementos da paisagem que envolvem a artista e que aparecem como que encobertos por uma névoa luminosa que tudo abarca – alternadamente ocultando e revelando.    

O trabalho de Siebra foi exibido pela primeira vez no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (2017). Desde então, ela participou de várias mostras coletivas no Rio de Janeiro, em instituições tais como o Centro Cultural Light (2018) e o Centro Cultural Correios (2019). Sua primeira individual, sob o título de Ternura, foi realizada na Fábrica Bhering (2019), no Rio de Janeiro, seguida da individual Arrebalde na Mendes Wood DM, em São Paulo (2020), e Arrebol, em Nova York (2021). Sua primeira residência artística foi em Bruges, na Bélgica, em 2021, resultando na exposição O Soar das Horas. A artista vive e trabalha em Fortaleza..